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Com o índice de indecisos em mais de 70% em Porto Velho, nada pode surpreender os aldeões

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Respostas eficazes

Duas das questões que mais preocupam ligadas ao mau (e até criminoso) aproveitamento dos potenciais da Amazônia são o destino das áreas já desflorestadas e como distinguir o que é criminoso do que, embora irregular, é fruto da ignorância. No primeiro caso vale destacar o projeto TerraClass, mapeamentos sobre o uso de áreas desflorestadas na Amazônia e Cerrado. Criado em 2010 para observar o desmatamento, suas informações são usadas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Por ele se sabe que a agricultura tem se expandido nessas áreas, com aproveitamento de até duas safras ao ano. Tão importante quanto o melhor uso da terra é o fato de que o avanço agrícola se dá sobretudo em áreas já antes desmatadas para formar pastagens. De onde se pode concluir, positivamente, que o projeto funciona, mostrando a realidade e assim favorecendo análises e correções.

O crime do mal, ou seja, organizado e internacional e o crime da ignorância, decorrente de práticas errôneas resultantes da pobreza e da desorientação, devem ser igualmente combatidos com rigor. A diferença é que o crime da ignorância se combate com ensino técnico e informação e o das quadrilhas transnacionais requer combate em alto nível. Para isso, foi criado há pouco o Centro de Cooperação Policial Internacional, que pode ser a primeira resposta realmente efetiva nesse rumo.

Péssimo exemplo

Na falta de debates em Porto Velho, acompanhei no domingo o confronto entre os postulantes a prefeitura em São Paulo transmitido pela TV Gazeta para todo País. Um debate repleto de molecagens, mentiras, de problemas pessoais entre os candidatos, baixarias com troca de insultos entre Guilherme Boulos, Datena, Ricardo Nunes e Pablo Marçal, salvando-se apenas uma andorinha para fazer verão nas discussões, a candidata do PSB Tabata Amaral que centrou suas atenções em propostas. Rogo aos céus que no período dos debates na capital rondoniense não haja tanta selvageria.

Índice de indecisos

Com o índice de indecisos cravando em mais de 70 por cento do eleitorado em Porto Velho com relação as eleições de outubro, nada pode surpreender os aldeões. A largada de Mariana Carvalho (União Brasil) polarizada com Leo Moraes (Podemos), pode ser revertida, mais ainda, uma eleição que pode virar de cabeça para baixo de uma hora para outra. Os concorrentes apostam nesta toada e vão à luta, casos de Célio Lopes, da Frente Democrática, de Euma Tourinho (MDB), Benedito Alves (Solidariedade), Samuel Costa (Rede) e Ricardo Frota (Novo). Cada um naturalmente com sua estratégia de campanha.

Todo cuidado

Já, o segundo colocado nas pesquisas, que subiria ao segundo turno se o pleito fosse hoje, Leo Moraes (Podemos) se lança na campanha com todo o cuidado possível para não ferir as suscetibilidades dos concorrentes oposicionistas. Ocorrendo segundo turno, vai precisar de todos alinhados com ele e por isto, nos debates poderá receber muitas bordoadas, mas reagir com prudência e caldo de galinha. Bocudo como é, será uma tarefa difícil para o representante do Podermos, um sacrifício até. Está acostumado a embates calorosos desde os tempos de liderança universitária em Curitiba.

Via Direta

*** A licitação da duplicação da BR-364 foi chutada para o ano que vem. Denominada na sua pavimentação em 1984 como rodovia Marechal Rondon será conhecida como Agro-Norte pelo governo petista *** Também, o início da ponte binacional em Guajará Mirim sofrerá atrasos, em virtude dos reparos exigidos no seu edital de licitação *** E assim caminha a humanidade, já que também a Usina Hidrelétrica de Tabajara, igualmente padece com atrasos no seu cronograma de obras *** Se no plano federal teremos obras atrasadas o mesmo ocorre em Rondônia. Várias delas prometidas pelo governo estadual foram para as cucuias. Nem prazo para serem iniciadas tem sido estipulado.

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