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Os graves equívocos demográficos do IBGE em Rondônia, aos poucos estão sendo corrigidos

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Proibido errar

Um fracassado nos negócios, por problemas de mercado e despreparo, achou duas saídas fáceis para disfarçar a ruína: apresenta-se nas redes sociais como empreendedor e coach. "Tudo que você fez até agora estava errado", anuncia, atraindo muitos interessados. Isso porque as tentativas de seus clientes também falharam. Não se sabe se, depois de tanto errar, coach e seguidores por fim terão sucesso, mas se aprenderam com os erros não repetirão práticas que resultaram em perdas bilionárias, piorando o clima, espalhando doenças e mantendo a pobreza. 

Muito do que se fez com a floresta amazônica estava realmente errado e é bem provável que um coach esperto, do tipo que realmente aprende com os erros, esteja orientando seus seguidores a estudar o potencial da bioeconomia à luz da biodiversidade e na trilha das múltiplas pesquisas já concluídas e em andamento sobre como tirar o melhor desse novo aprendizado. 

Há pouco, a pesquisadora Joice Ferreira, da Embrapa Amazônia Oriental, levantou a necessidade de uma definição clara do que é a bioeconomia para não prejudicar a floresta e as comunidades tradicionais. Cada qual pode errar como quiser ao investir as economias em negócios-arapucas apresentados por coaches suspeitos, mas a bioeconomia envolve gente, riquezas e o futuro não pode ser tratado superficialmente, porque as perdas não poderão ser revertidas com fantasias em redes sociais.

Guerra de pesquisas

O maior indicio de que os institutos de pesquisas que estão veiculando seus resultados auferidos são administrados por farsantes celebrando missas encomendadas, é que todos estão apresentando resultados bem diferentes. A única coisa que bate entre eles é a enorme quantidade de indecisos, variando resultados até 71 por cento, o que pode virar esta eleição em Porto Velho de cabeça para baixo de uma hora para outra. As pesquisas com influência indicam vitória em primeiro turno de Mariana, as demais sentenciam eleições em dois turnos. Como se vê, na política local, nada muda através dos tempos

As diferenças

Os graves equívocos demográficos do IBGE no censo em Rondônia, aos poucos estão sendo corrigidos. Um dos casos, ocorridos em Jaru, na região da Bacia Leiteira, teve uma diferença de quase 5 mil habitantes, influenciando na redução dos recursos do Fundo de Participação dos Municípios-FPM. Com a correção, Jaru aumentará sua participação no bolo tributário. Muitos outros prefeitos que gritaram com relação aos abusos do instituto, assombrados om as perdas no rateio tributário, estão comemorando agora, já que tinham razão nas suas reclamações generalizadas. Porto Velho também engordou mais seus cofres, com a correção censitária.

Tinha razão

Assistindo toda esta tragédia ambiental ocorrida em Rondônia com as queimadas e grossas camadas de fumaça é preciso reparar uma injustiça contra o então governador, atual senador Confúcio Moura. Ele foi pesadamente criticado por garantir, apoiar e proteger as reservas ambientais na sua última gestão. Consciente que tinha que combater as grandes invasões e grilagens nas reservas ambientais, indígenas e nacionais, mostrou na época visão de futuro, se antecipando a esta dramática situação que estamos vivendo hoje. Pela defesa do meio ambiente segurou as grilagens e as queimadas, foi chutado, apedrejado e humilhado pelos políticos rondonienses.  

É coisa de louco!

A fumaceira é tanta que os estados estão fazendo jogo de empurra com os vizinhos a respeito de tanta produção de queimadas. Acre e Amazonas reclamam dos vizinhos. Mas temos fumaça também da Bolívia com queimadas em larga escala exportando fumaceira para cá. Uma situação agravando as condições de saúde das crianças e dos velhinhos, sendo que em Rio Branco a prefeitura local chegou a suspender as aulas dos seus alunos. Em Rondônia, tivemos como consequência a suspensão de voos e decolagens nos aeroportos de Porto Velho Ji-Paraná, Cacoal e Vilhena.

O agravamento

Já enfrentando verdadeiras crises aéreas, das queimadas e hídricas, os estados de Rondônia, Acre e Amazonas se vem diante de possíveis desabastecimento com os rios Solimões e Madeira descendo tão rapidamente. Acredita-se que até as dragagens feitas até agora não serão suficientes para garantir o transporte das cargas que asseguram a Zona Franca de Manaus os componentes para suas fábricas de eletrônicos e o transporte de combustíveis de Manaus para Porto Velho tão ameaçado também pelos Piratas do Madeira, já encarados por aí como mais uma facção criminosa rondando as embarcações nas hidrovias regionais.

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