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De Volta à rotina e aos desafios políticos

Confira a coluna


Voltando animado

De volta a atividade jornalística, depois de alguns dias, num breve recesso, aproveitado para um check-up médico efetuado no Hospital São Lucas em Cascavel, atualmente um dos mais modernos do Paraná, a coluna está de volta. Meus agradecimentos ao clã Gurgacz, proprietária do hospital, especialmente ao Seu Assis, pelo tratamento vip recebido naquelas bandas, também aos médicos e enfermeiras pelo carinho dispensado a este colunista que no ano que vem alcança os 70 anos de idade, 45 anos de Porto Velho e 31 do SGC e precisava realmente de uma recauchutagem.

Não interessa

Não é do interesse do prefeito eleito Leo Moraes (Podemos) e do prefeito que está deixando o Prédio do Relógio, Hildon Chaves, a troca de farpas neste momento. Inegavelmente, Hildon está deixando um baita legado para seu sucessor. Do outro lado, Leo precisa de paz para administrar uma municipalidade que terá como seu grande desafio enfrentar o inverno amazônico no ápice (leia-se as alagações pelos bairros) já no início da sua gestão. Nem assumiu ainda e já está levando pau do que não tem responsabilidade, mas assumindo o cargo será o alvo da fúria dos moradores das regiões mais atingidas.

Não escapou

Lembrando que em meados de janeiro, quando se troca a administração em Porto Velho, nenhum prefeito até hoje escapou do antagonismo da população. Até o consagrado Chiquilito Erse levou pau adoidado e olha que ele era um mito político, escolhido como um dos melhores do país, ao lado do curitibano Jaime Lerner na época. Não se poupa nem as pobres mãezinhas dos alcaides nestas ocasiões. Trocando em miúdos: Leo precisa de uma boa estratégia para enfrentar estas dificuldades iniciais da sua futura gestão. Caçar encrenca com a gestão de Hildon fica para depois, mesmo porque vão se enfrentar mais à frente, com toda certeza. Antecipar as rivalidades tribais desde agora é besteira.

As especulações

Com especulações daqui e dali se vê que a corrida sucessória estadual de 2026 será antecipada em Rondônia. Os protagonistas a disputa do governo estadual e das duas cadeiras ao Senado que serão renovadas, já estão em campo e com isto começa a se formar blocos para a batalha do nosso Palácio Rio Madeira, sede do governo de Rondônia. Alguma coisa já é considerada como certa: o vice-governador Sergio Gonçalves (União Brasil) assume a gestão estadual e já está mostrando suas garras visando sua reeleição. O governador Marcos Rocha, por sua vez, já está em campanha por uma cadeira ao Senado. O União Brasil já mostrando os dentes, com sua força municipalista.

Em formação

Não bastando o racha bolsonarista que levou Mariana a uma surpreendente derrota em Rondônia, o bolsonarismo se prepara para um novo racha em 2026. De um lado, Sergio Gonçalves ao governo e Marcos Rocha ao Senado (União Brasil), de outro Marcos Rogério (PL) ao governo e Hildon Chaves (PSDB) ao Senado. A princípio, Gonçalves precisa comer mais feijão para enfrentar Rogério na região central, e está na cara que Hildão bate Marcos Rocha na capital. Mas esta peleja bolsonarista raiz abre caminho para uma terceira via menos fanática a direita, como ocorreu em Porto Velho, com a vitória de Leo Moraes. Conservador, mas nem tanto, foi palatável até para a esquerda.

Minha discordância

Discordo daqueles que afirmam que sem o deputado federal Lucio Mosquini, a caminho dos Republicanos e do ex-governador Valdir Raupp, que se apagou com a derrota de 2014, o MDB acabe se extinguindo em Rondônia. Primeiramente, porque Mosquini nunca foi um emedebista convicto, sempre rachando a legenda. No caso de Raupp, que sempre se reergueu das suas derrotas, porque, sem Confúcio disputando eleições como sinaliza, ele terá o caminho livre para a peleja de uma cadeira ao Senado em 2026 pelo PMDB. Por último, o partido tem uma baita estrutura no estado e independe de Mosquinis, Raupps ou Confúcio para sobreviver.

Momentos difíceis

O PMDB já enfrentou momentos mais difíceis em Rondônia e sobreviveu. Em cada derrota ao governo estadual o partido se esvaziava totalmente e voltava a reagir nas eleições seguintes. Foi a legenda que mais elegeu governadores e senadores, sabe celebrar alianças e renascer como uma fênix. Um partido de centro, uma boa legenda para os políticos fugirem da grave polarização que se instalou neste país entre bolsonaristas e petistas nas próximas eleições, mesmo porque a agremiação conta com toda generosidade do fundão eleitoral. Tem recursos à vontade para favorecer seus candidatos.

Caos aéreo

Pelo que testemunhei em Guarulhos e outros aeroportos do País, já começando a alta temporada, teremos um verdadeiro caos aéreo neste final de ano. Optei por viajar em novembro, acreditando que as coisas seriam mais tranquilas, que nada. As empresas da aviação não estão cumprindo com os horários marcados, atrasando ou cancelando voos causando sérios transtornos aos passageiros. Naves superlotadas, preços de passagens absurdos. Até mesmo o que se cobra pelos salgadinhos nas lanchonetes é de lascar. Agua mineral a R$ 10 pratas. É coisa de louco!

Via Direta

* Caros aldeões da capital e do interior de Rondônia, todo cuidado é pouco com as promoções * Estão abusando na venda de leite, dando descontos ao produto prestes a vencer. Se o consumidor não ficar atento, come mosca e fica no prejuízo * Os chineses seguem ampliando sua presença na Amazônia, em áreas estratégicas como o megaporto no Peru e no segmento de mineração no Amazonas, já preocupando os rivais americanos * Estão mais capitalistas do que nunca * O bolsonarismo clama pela anistia do seu líder, Jair Messias, para que ele tenha condições de participar das eleições presidenciais de 2026 * Na política brasileira tudo é possível...

Carlos Sperança

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