Colunas | Carlos Sperança

Rondônia está perdendo a guerra com as empresas aéreas por tarifas mais justas

Confira a coluna


Teletransporte e petróleo

Estudos feitos nas universidades de Rochester e Purdue (EUA) mostraram a possibilidade do teletransporte de matéria. No entanto, só em sonhos é possível embarcar em um local e aparecer inteiro no outro. O transporte à distância evitaria asfaltar estradas no meio de uma floresta, como se pretende para cerca de 400 quilômetros da BR-319 inviáveis após a ocorrência de chuvas. É prioridade do governo, mas tem muitos adversários.

Talvez ainda com mais adversários, o governo também prioriza, contrariando cientistas e indígenas, a exploração petrolífera offshore de parte da chamada Margem Equatorial, área marítima com reservas potenciais para 10 bilhões de barris.

Se (ou quando) fosse possível teletransportar pessoas e objetos à distância, não haveria a necessidade de asfaltar estradas na floresta. Como também se diz que em breve a era do petróleo vai acabar, se essa perspectiva fosse mesmo imediata não faria nenhum sentido gastar rios de dinheiro para explorar o ouro negro com os prejuízos ambientais já sinalizados pelos especialistas.

A julgar por estudos em andamento, será ainda difícil com as tecnologias atuais chegar ao teletransporte de pessoas como a ficção desenhou, baseada em Albert Einstein, mas parece muito mais fácil aposentar logo o petróleo, substituindo-o por opções ambientalmente mais sensatas. Pelo jeito, porém, enquanto o poluente petróleo der dinheiro será explorado até a última gota.

Maior produtor!

Maior produtor de lideranças políticas inúteis na Amazônia, Rondônia está perdendo a guerra com as empresas aéreas por tarifas mais justas e a brutal redução de voos para outros estados. As obras federais e estaduais constantemente são adiadas e sabe-se que pelo capachismo vigente, poucos parlamentares pelo menos estão lendo os projetos de leis que aprovam. Não bastasse a Aneel reduziu os preços de energia para o vizinho Acre. Como é que fica a situação em Rondônia, onde se produz energia, com as usinas de Santo Antônio e Jirau, para atender os caras-pálidas de outros estados? É coisa de louco!

Próprio bolso

Eu fico me perguntando que espécie de políticos estamos elegendo nas prefeituras, nas câmaras de vereadores, na Assembleia Legislativa, na Câmara dos Deputados e Senado? A saúde no estado está em colapso, a segurança pública um caos generalizado mesmo com a economia crescendo na pós- pandemia. Selecionar melhor vereadores, deputados estaduais, federais e senadores é preciso, porque fica até difícil acreditar nas obras federais destinadas a Rondônia. Acabam sempre procrastinadas, como foi o caso da ponte binacional em Guajará Mirim. Não se sabe quando começa e quando termina.

Centro histórico

O centro histórico de Porto Velho, seja na Av. 7 de Setembro ou nas suas ruas adjacentes vivencia seu pior momento. Inúmeras lojas fechadas, outras paralisando suas atividades e até agora sem uma solução cabível. Não bastasse os lojistas padecem com a falta de segurança. Alguns estabelecimentos comerciais já foram arrombados várias vezes somente neste ano. Os prejuízos estão se acumulando. Vamos ver como a futura administração de Porto Velho vai administrar esta situação. Acredito que apenas tirar o corredor de ônibus não vai resolver a necessária revitalização deste centro comercial.

Carlos Sperança

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