Estanho não é urânio
A fábrica de notícias falsas continua enganando milhões de incautos, que confiam mais nos memes e pegadinhas de internet que na imprensa profissional. São levados, dessa forma, a erros de julgamento que atrapalham os próprios negócios. Os homens de sucesso e as empresas com maior desenvolvimento contratam fontes confiáveis, que favorecem julgamentos descontaminados de interesses manipuladores a serviço de seitas.
No passado, interesses ultranacionalistas espalhavam que a Amazônia já estaria dominada pelos EUA. Segundo uma dessas falsificações, as escolas norte-americanas usam livros didáticos de geografia com um mapa da América do Sul adulterado, em que a região amazônica aparece como "território internacional" separado do Brasil. Pessoas que acreditam nos compartilhamentos de redes sociais repassam as informações falsas como se fossem verdades comprovadas, ajudando a espalhar a mentira.
Com o atual declínio dos EUA, as fake news agora mostram o Brasil entregando riquezas para a China, como a suposta compra por 2 bilhões de reais da "maior reserva de urânio do Brasil", na Amazônia. No entanto, não é possível a qualquer país estrangeiro explorar urânio no Brasil. Houve, de fato, a venda de uma mina de estanho de uma empresa brasileira para uma chinesa. Se urânio for eventualmente encontrado na área, só poderá ser explorado pelo Brasil. Em tempos de fake news, tudo precisa ser checado.
Emitindo sinais
Alguns possíveis candidatos ao governo estadual já estão emitindo sinais que vão entrar na disputa do CPA 2026.O primeiro deles é o vice-governador Sergio Gonçalves (União Brasil) que assume o cargo de governador em 2026 para o atual mandatário Marcos Rocha concorrer a uma cadeira ao Senado. O segundo deles, é o senador Marcos Rogério (PL) - olha aí o bolsonarismo rachado - já buscando a polarização com os atuais palacianos. A terceira via por enquanto é o senador Confúcio Moura (MDB), costurando alianças por Rondônia afora, explorando as fissuras do bolsonarismo rondoniense.
Muitos conservadores
O que se vê são muitos possíveis candidatos conservadores se assanhando. Porque além de Gonçalves e Marcos Rogério, também Hildon Chaves (PSDB) e o ex-governador Ivo Cassol (PP) estudam a possibilidade. Ivo dependendo de uma anistia de seus processos na justiça eleitoral, Hildão fazendo as contas sobre suas possibilidades. E o conservadorismo ainda tem o emergente deputado federal Fernando Máximo (União Brasil) que estaria pulando para o Podemos na janela partidária para viabilizar sua candidatura.
Descarte de águas
Passadas as eleições municipais, a prefeitura de Porto Velho se manifesta agora preocupada com o descarte das águas servidas -aquelas dos banheiros, das pias, da lavagem de carros etc - nas ruas e avenidas da capital onde as fezes pululam. Existem até ameaças de multas robustas para os infratores. Ao longo dos tempos os prefeitos têm rejeitado em agir, já que milhares de famílias não tem acesso as redes de esgoto e até drenagem em algumas regiões da cidade e não sabem como se desfazer das suas águas servidas gastando seus recursos na escavação de fossas.
Acabou a submissão?
Com deputados estaduais se rebelando por conta do colapso na saúde em Rondônia e outros alertando para um cenário de guerra no complexo penitenciário Urso Branco, aparentemente acabou a docilidade dos parlamentares estaduais tão submissos ao poder Executivo nos últimos anos. O que poderia estar acontecendo com tanta insatisfação? A raiz de todos da revolta seria a liberação de recursos de emendas parlamentares ou as asas aparadas quanto a nomeação de parentes, amigos e apadrinhados? Fonte palaciana garante que com pix se resolve tudo com os insurretos.
A antecipação
Esta antecipação da corrida sucessória para 2026 é um fenômeno que ocorre no Brasil inteiro. Em alguns estados o pau já está cantando. Em Rondônia, a coisa não é diferente, já que a oposição ao governo Marcos Rocha/Sergio Gonçalves está empunhando a machadinha de guerra para escalpar os mandatários da esfera estadual paralelamente as movimentações em torno da sucessão estadual, também os postulantes ao Senado e a Câmara dos Deputados também agitam os bastidores. Passadas as festividades de Natal de ano e ano, todo mundo entra em campo para a próxima disputa.
Não interessa
A grande verdade é que não interessa a todos antecipar a corrida sucessória e exacerbar as rivalidades tribais existentes desde já. Aos chapas brancas porque ficam mais fragilizados, aos políticos oposicionistas, porque terão que gastar mais desde já, a população, porque o divisionismo político só causa transtornos e prejuízos ao andamento dos projetos governistas. Pelo municipalismo, os novos prefeitos estão assumindo em janeiro com o pires na mão e precisam paz para seus primeiros meses de administração. Necessitam se planejar e buscar recursos federais, já que os estaduais e municipais andam bastante restritos.
O crescimento
O Brasil e seus estados estão perdendo a guerra nos embates com as facções criminosas. Não somente nos morros do Rio de Janeiro e nas favelas de São Paulo e baixada santista. O quadro é caótico também nos estados do Nordeste. O geométrico crescimento do crime organizado nos estados da Amazona Legal, seja no garimpo ilegal, tráfico de drogas, grilagens de terras e outras modalidades criminosas praticadas pelos piratas do Madeira, não tem sido combatido a altura, as consequências são as piores possíveis para a segurança pública. Rondônia vivencia momentos de terror.
Via Direta
*** Foi aprovada pela Aneel a redução do preço da energia para o Acre e aumento da energia para Rondônia. Num estado onde as lideranças políticas são inúteis, não se leva em conta que Rondônia produz energia, com as usinas de Jirau e Santo Antônio e, portanto, as tarifas por aqui deveriam ser mais baixas do que no restante do País *** Mas o que poderia se esperar dos políticos rondonienses que perderam até o embate com as empresas aéreas e que fracassam na luta pelas bandeiras rondonienses em Brasília? ***A desunião política rondoniense só tem levado o estado ao prejuízo. Nossos parlamentares só pensam no próprio umbigo *** É bom se lembrar disto nas eleições de 2026.
Carlos Sperança