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Rondônia combate incêndios e fumaça com ação integrada

Confira o editorial


A recente coletiva de imprensa realizada em Porto Velho por representantes do Governo de Rondônia e do Centro Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam). trouxe à tona uma questão alarmante que afeta não apenas o estado, mas toda a Região Amazônica: as queimadas ilegais e seus impactos devastadores. O evento revelou dados preocupantes sobre a origem da fumaça que assola Rondônia e as medidas em curso para combater esse problema.

É fundamental reconhecer a gravidade da situação. As queimadas são um problema ambiental, além de uma séria ameaça à saúde pública e à economia local. O aumento nas internações hospitalares e a procura por atendimento médico devido a problemas respiratórios são indicadores claros dos prejuízos causados à população.

Neste contexto, as ações coordenadas entre diferentes órgãos governamentais merecem destaque. A "Operação Verde Rondônia", liderada pela Sedam, e o envio de bombeiros para combater incêndios em regiões críticas demonstram um esforço conjunto para enfrentar o problema. A redução de quase 50% nos índices de desmatamento em Rondônia é um resultado encorajador, mas ainda há muito a ser feito.

A aplicação de multas significativas aos infratores é um passo importante para coibir práticas ilegais. No entanto, é essencial que essas ações sejam acompanhadas de um trabalho contínuo de conscientização e educação ambiental. A população precisa entender que as queimadas não afetam apenas a natureza, mas impactam diretamente a qualidade de vida e o desenvolvimento econômico da região.

O setor agropecuário, pilar fundamental da economia rondoniense, também sofre com as consequências das queimadas. A fumaça e a degradação ambiental podem afetar a produtividade das lavouras e a saúde do rebanho, e indo mais além, podendo até prejudicar a imagem dos produtos locais nos mercados nacional e internacional.

É essencial que o poder público, o setor privado e a sociedade civil unam esforços para promover práticas agrícolas sustentáveis e alternativas ao uso do fogo. Investimentos em tecnologia, capacitação dos produtores rurais e incentivos econômicos para práticas sustentáveis podem ser caminhos promissores para conciliar o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental.

A colaboração da população na denúncia de queimadas ilegais é fundamental. Cada cidadão tem um papel importante na proteção do meio ambiente e da saúde coletiva. As autoridades devem garantir canais eficientes para receber e investigar essas denúncias, assegurando a punição dos responsáveis.

O que precisa ficar claro nesse momento, é que o combate às queimadas ilegais e a promoção de um desenvolvimento sustentável não são apenas responsabilidades governamentais, mas um compromisso de toda a sociedade. Somente com a participação ativa de todos os setores será possível construir um futuro onde a prosperidade econômica caminhe lado a lado com a preservação ambiental e a qualidade de vida da população.

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