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Um passo necessário para o futuro sustentável em Rondônia

Confira o editorial


O Ministério Público de Rondônia (MP-RO) emitiu uma recomendação que propõe restringir a construção e manutenção de estradas dentro das Unidades de Conservação (UCs) de Porto Velho. A medida visa fortalecer a proteção ambiental na região.

As UCs são áreas de vital importância ecológica, abrigando uma rica biodiversidade e desempenhando um papel fundamental na regulação do clima local e regional. A construção desenfreada de estradas nestas áreas tem sido um dos principais vetores de desmatamento e degradação ambiental, facilitando invasões, grilagem de terras e exploração ilegal de recursos naturais.

A exigência de licença ambiental prévia e estudos de impacto para qualquer obra nas UCs é uma abordagem sensata e necessária. Isso não significa uma proibição total do desenvolvimento, mas sim um desenvolvimento planejado e sustentável, que leva em consideração a preservação do patrimônio natural do estado.

Para Rondônia, os benefícios desta medida são múltiplos e de longo prazo. Primeiramente, a preservação das UCs garante a manutenção dos serviços ecossistêmicos essenciais, como a regulação hídrica e climática, fundamentais para a agricultura e o bem-estar da população.

Além disso, a conservação da biodiversidade única da região abre portas para o desenvolvimento do ecoturismo, uma indústria com enorme potencial econômico e de geração de empregos, e o melhor de tudo, uma indústria que não polui o ambiente.

A proteção efetiva das UCs também fortalece a imagem de Rondônia como um estado comprometido com a sustentabilidade, o que pode atrair investimentos em setores de tecnologia verde e bioeconomia. Isso posiciona o estado na vanguarda da economia do Século XXI, que cada vez mais valoriza práticas sustentáveis.

Ademais, ao combater o desmatamento e a degradação ambiental, Rondônia contribui significativamente para os esforços globais de mitigação das mudanças climáticas. Deste modo, o estado cumpre com obrigações internacionais e protege seu território dos impactos negativos das alterações climáticas, como secas prolongadas — como a deste ano — e eventos climáticos extremos.

E, voltamos a afirmar, é importante ressaltar que esta medida não visa frear o progresso, mas sim direcioná-lo a um caminho mais sustentável. O desafio agora é implementar essas recomendações de forma eficaz, garantindo a fiscalização adequada e promovendo a conscientização da população sobre a importância da preservação ambiental.

A sociedade rondoniense deve encarar esta recomendação não como uma restrição, mas como uma oportunidade de reinventar seu modelo de desenvolvimento. É um convite para construir um futuro onde o progresso econômico e a preservação ambiental andam de mãos dadas, garantindo qualidade de vida para as gerações presentes e futuras.

Diário da Amazônia

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