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Na manhã de sexta-feira (11), uma megaoperação coordenada pela Polícia Militar de Rondônia resultou na prisão de quase 30 pessoas em uma área rural entre os distritos de União Bandeirantes e Nova Mutum Paraná, em Porto Velho. A ação, que contou com apoio da Polícia Ambiental e da Gerência de Aviação (GAVE), teve como alvo um acampamento da Liga dos Camponeses Pobres (LCP), suspeito de abrigar práticas criminosas como invasão de terras, ameaças a proprietários, desmatamento ilegal e porte de armamento.
A operação foi realizada com base no processo judicial nº 0021.019435/2025-46 e teve como ponto central a região da Linha G, onde denúncias apontavam a existência de um acampamento organizado com faixas da LCP, barracos improvisados e veículos com sinais identificadores suprimidos.
Durante a abordagem, que contou com forte presença policial, os agentes encontraram uma estrutura complexa, composta por rádios comunicadores, facões, foices, motosserras, celulares, artefatos explosivos (fogos tipo bomba), além de dez motocicletas e um automóvel com documentação irregular.
No carro de A.D.M.T., apontado como uma das lideranças do movimento, foi apreendida uma pistola Taurus G2C calibre 9mm, municiada e sem registro. Também foram encontradas latas de tinta spray vermelha — usadas na confecção de bandeiras e inscrições de intimidação. O acusado, que mantinha lote no acampamento "Galo Velho", foi preso em flagrante.
Outra detenção relevante foi a de W.S.B., que confessou usar motosserra para derrubada de árvores em área de preservação permanente. A polícia também apreendeu uma espingarda calibre 20, escondida entre os barracos, indicando tentativa de ocultação de armamento.
Os acampados, segundo a investigação, exerciam funções de segurança armada, fazendo rondas para impedir a entrada de legítimos proprietários e controlar o acesso ao local. As ações são caracterizadas pela polícia como esbulho possessório e formação de milícia privada.
Além dos líderes, também foram presos I.G.L., conhecido como "Chapéu", que tentou fugir pela mata, D.C.P., L.A.L. e A.P.S., entre outros envolvidos.
A operação reforça a atuação das forças de segurança no enfrentamento a conflitos agrários em Rondônia, sobretudo contra organizações que, sob discurso de luta por terra, adotam práticas armadas e ilegais.
Os suspeitos e o material apreendido foram encaminhados às autoridades competentes para os devidos procedimentos legais. A investigação segue em andamento.
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