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Vídeo: Situação crítica na Amazônia ganha destaque nacional devido a incêndios devastadores e seca severa

Incêndios devastam parques e reduzem níveis dos rios, enquanto a qualidade do ar deteriora


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Situação crítica na Amazônia ganha destaque nacional devido a incêndios devastadores e seca severa

Foto: Ascom Ibama/Prevfogo - Mayangdi Inzaulgarat

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Os números são alarmantes, cerca de 60% de todos os focos de incêndio registrados no Brasil no início de setembro ocorreram no bioma amazônico. A situação é particularmente crítica em Porto Velho (RO) onde a seca severa continua a baixar o nível do rio Madeira, que atingiu na última quinta-feira (5) a marca histórica de 96 centímetros.

Este é o menor nível já registrado na história, com a tendência de que o cenário piore ainda mais. "As previsões meteorológicas continuam sem previsão de chuva para os próximos dias", afirmou Guilherme Jordão, engenheiro hidrólogo.

A seca e a baixa do nível do rio Madeira têm impactos significativos, incluindo a paralisação de parte das unidades geradoras da hidrelétrica de Santo Antônio, uma das maiores do país. Atualmente, apenas 14% das turbinas estão em operação.

No âmbito das ações de combate aos incêndios, a Polícia Federal iniciou uma operação para investigar crimes ambientais no Parque Estadual Guajará-Mirim. O parque tem sido devastado pelas chamas há dois meses, com aproximadamente 72 mil hectares queimados, o que representa cerca de 35% da área total do parque.

A qualidade do ar em Porto Velho também foi severamente afetada pelos incêndios, resultando em uma das piores condições de respiração do mundo devido à densa camada de fumaça que cobre a cidade.

A situação é semelhante em outros estados da região Norte. No Tocantins, foram registrados cerca de dez mil focos de calor desde o início do ano, superando o número total do ano de 2023 com mais de três meses ainda pela frente. A situação é igualmente crítica em pontos turísticos do estado, como a Lagoa da Serra, nas Serras Gerais, que está tomada pelo fogo.

No Acre, as aulas da rede pública de ensino foram suspensas desde a segunda quinzena de agosto devido à fumaça persistente que cobre o estado. Desde o início do ano, aproximadamente três mil e 500 focos de incêndio foram registrados.

Em agosto, o bioma amazônico registrou um recorde de 38 mil focos de incêndio, o maior número desde 2010. A expectativa é de que setembro, historicamente, registre ainda mais queimadas do que agosto. "Conforme a direção do vento se altere, seja de norte para sul, de sul para norte, de leste para oeste ou de oeste para leste, vamos receber fumaça. Mesmo que os incêndios parem, os focos de calor em Rondônia teriam que cessar 100% para melhorar a situação", afirmou Charles Barata, analista ambiental.

Portal SGC


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