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Política & Murupi

Confira a coluna


1.1- O incrível mundo dos Xis"

 

Sêo Moraes ao que parece, salvo novas exigências, aceitou a volta do "X" ao país. A surpresa seria a autorização antes da eleição, mas está explicado: a ideia era retirar a plataforma durante a eleição, como mostra a sua decisão: "Em decisão de 30/8/2024, referendada por unanimidade pela primeira turma do STF em 3/9/2024, presentes os requisitos legais necessários, fumus boni iuris, consistente nos reiterados, conscientes e voluntários descumprimentos das ordens judiciais e inadimplemento das multas diárias aplicadas, além da tentativa de não se submeter ao ordenamento jurídico e Poder Judiciário brasileiros, para instituir um ambiente de total impunidade e terra sem lei nas redes sociais brasileiras, inclusive durante as eleições municipais de 2024 , bem como o periculum in mora consistente na manutenção e ampliação da instrumentalização da X Brasil Internet Ltda, por meio da atuação de grupos extremistas e milícias digitais nas redes sociais, com massiva divulgação de discursos nazistas, racistas, fascistas, de ódio, antidemocráticos, inclusive no período que antecede as eleições municipais de 2024, foi determinada a suspensão imediata, completa e integral do funcionamento do X Brasil Internet Ltda em território nacional, até que todas as ordens judiciais proferidas nos presentes autos fossem cumpridas, as multas devidamente pagas e fosse indicado, em juízo, a pessoa física ou jurídica representante em território nacional". E o discurso comunista esqueceu? Por que?

1.2- Mais esperada que a volta do boêmio


Por falar em verdade, mais uma: A rede X informou ao Sêo Moraes que derrubou 223 contas no Brasil por ordem do STF e TSE desde 2020. A lista foi enviada ao para comprovar a colaboração com a Justiça e é parte do pedido de revisão sobre a suspensão. Os bloqueios foram motivados por fake news, incitações de golpe de Estado e ameaças e tinham como alvo influenciadores e políticos aliados de Bolsonaro. No total foram cumpridas 158 ordens do STF, todas do Sêo Moraes e 65 do TSE, a maioria por reclamação de fraudes eleitorais em 2022. Na lista, não estão as nove contas que o X se negou a bloquear em agosto e que deram motivo ao seu banimento. Até 6 de setembro, o X recebeu outras 19 ordens para tratar de eleições municipais de 2024. O X nega ter descumprido ordens judiciais e a alega ter efetuado o bloqueio das contas pedidas preservando conteúdos além de prestar "esclarecimentos sobre monetização" e fornecer "mensagens privadas de usuários". Por fim alegou que recorreu diversas vezes das ordens de suspensão dos perfis, mas que seus recursos não foram julgados. E no dia 09 de setembro, a Primeira Turma do STF rejeitou-os por não "caber à plataforma" recorrer em nome dos usuários. E aí, entendeu tudo direitinho ou quer que eu desenhe?

1.3- BR-319 e minha devoção a São Tomé

 

A única estrada que liga Manaus a Porto Velho e outras regiões do Brasil, a BR319 espera asfalto há 52 anos. Disputas judiciais e ambientais, postergaram ações e a solução definitiva para a "rodovia da lama" em voz corrente é que só após 2026, mas Sêo Flávio Jardim do TRF1 ordenou a execução da obra já. União, Ibama e Dnit falaram que os estudos existem e que o prejuízo com a paralisação é grande. Com esta decisão a licença prévia foi restabelecida, a obra pode continuar, mas com medidqas para mitigar impactos e proteger a área de danos irreversíveis.

1.4- O que há por trás das mudanças ou a palavra sem força

  

A internet não perdoa. Um vídeo de Malafaia emprestando apoio público ao atual presidente da república resgatado mostra detalhes do líder religioso em conflito de fé e opção política. Malafaia dizia o saudoso Boechat não é e nem era flor que se cheirasse. Fi do Boechat a frase: "Malafaia você quer um palanque e não vou lhe dar. Vá caçar rola". O tempo passou, Malafaia esqueceu Lula e bandeou-se para Bolsonaro de poronga e cacaio, mas errou ao tentar colocar arreios e bridão no indomável Bolsonaro. Em entrevista para a Folha de São Paulo Malafaia taxou-o de "omisso", "covarde" e "porcaria de líder", mas foi posto de lado com a lapada do agora desafeto: "isso passa". Por trás e para entender, está a cabeça de igreja dividida de Malafaia e o troco ao real desafeto Pablo Marçal que o criticou dizendo não adotar religiosidade na política do estado laico. Gostei da ironia do UOL sobre Marçal ser empecilho aos negócios do pastor, mas politicamente incorreto Zé de Nana esculacha: "pequenas igrejas, grandes negócios". Não vão no mesmo trio Bolsonaro, Marçal e Malafaia. O trio do Malafaia agora é só do Tarcísio. Pegaleso!

02- Penúltimo pingo


Grande surpresa na eleição de Porto Velho, o jovem advogado Célio Lopes inicia sua caminhada política e num lance ousado empresta apoio à candidata Mariana Carvalho. Analistas falam das dificuldades para que esse apoio se converta em votos pois ele disputou com o seu PDT representando quase que a totalidade da esquerda da capital. De forma inteligente, porém, o novato não explorou essa via e na sua campanha optou por contar a sua história de vida, de filho de Porto Velho, honrando sua origem humilde, do beradeiro que se tornou advogado, história bem aceita pelo povo que lhe destinou quase 30 mil votos colocando-o num expressivo terceiro lugar. São votos de parte da esquerda, mas são votos de um novato que tem um experiente mentor político, Acir Gurcacz, que brota como nova liderança vinda do povo. Transferir votos é uma pedreira, mas votação de Célio se deu de forma ampla com o eleitor optando mais pelo nome que pelo partido ou corrente, como é praxe nas campanhas municipais. O caso MDB é emblemático. A votação não correspondeu à vascularidade e tradição do partido. A sorte está lançada.

03- Ponto final


Eyder Brasil tem sorte. Desconhecido, surfou com Bolsonaro e virou deputado. Depois sumiu, mas guerreiro foi à luta e quis recomeçar e foi tentar a vaga para vereador de Porto Velho. Obteve 470 votos, mas diz Zé de Nana, "quem tem padrinho não morre pagão" e Eyder virou deputado de novo na onda de Bolsonaro que ajudou o deputado Affonso Cândido, a se tornar prefeito de Ji-Paraná. Ô loko!

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