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Política & Murupi

Confira a coluna


1.1- O Império contra-ataca

 

Mais rápido que cusparada de Jean Willys do Psol, Sêo Gilmar ordenou à PF que metesse o pé no gabinete do deputado Júnior Mano, que é mais enrolado que namoro de cobra. Foi o contra-ataque do "Império" para conter a sangria de Sua Nulidade, após a peia do IOF. O sistema é bruto, tem armas e coragem para emparedar publicamente a Câmara matando os 383 votos que jogaram no lixo a indecente proposta do Haddad. De joelhos Hugo Mota, outro tão enrolado quanto fumo de rolo, resolveu brandir o sabre de luz, mas o seu rabo que vai e volta de Brasília à Paraíba atrapalha sua vida e a da sua família e ele terá de negociar adulando Lula, STF e os 338 deputados para driblar a crise. Já estamos pagando o IOF pelo valor do Haddad, mas o STF sentou-se sobre o resultado, zerou tudo e quer conversar mais, ainda que não saiba o que e como fazer com tal ingrizilha. Nessa o STF entrou de alegre e enxerido.

1.2- O Império ataca

 

Se os nossos problemas internos e externos eram muitos e complexos, faltava a pimenta que veio com a carta do Laranjão comunicando ao Presidente Lula que os EUA taxariam produtos vendidos ao EUA em 50%. A retaliação era esperada, mas o tarifaço que embutiu a pena política "pela perseguição" a Bolsonaro e seguidores é brutal, desproporcional, unilateral e incomum. Só lembro de algo do tipo quando Carter minou o acordo nuclear Brasil Alemanha nos anos 70 durante a ditadura militar que foi extinto e na sequência o Brasil iniciou o seu programa nuclear supervisionado e em bases aceitas pelos EUA. Foi também o início das tratativas para abertura política e a redemocratização do país, com Figueiredo e depois a eleição indireta de Tancredo Neves. Esse tarifaço pode ser um tiro no pé para a direita brasileira fincada no agronegócio, carro chefe da economia, pois os gravames têm o condão de irritar produtores e exportadores de carnes e grãos que podem ver verdades nas narrativas dos canhoteiros já espalham que os males do Brasil são fruto do bolsonarismo e que a claudicante economia brasileira cujo futuro já era nebuloso pode piorar. Mexer no bolso de empresário é o pior dos mundos. Imaginar qual o tamanho do estrago é tarefa para Mãe Diná. Nada é tão ruim que não possa ser piorado.

1.3- E agora José?

 

"Quem não pode com mandinga não carrega patuá’, ensinou Pai Jojô de Oyá, porém Sua Nulidade não sabia e ainda não sabe de nada. Acostumado a falar o que vai no seu quengo, sem filtro, sem freio, Sua Nulidade pegou pela proa um mais zoado que ele e escalou em falas provocativas, imprudentes e se pôs à frente de algo vital para os EUA que é a preservação do dólar como a moeda internacional. Acreditando que entre seus amigos surgirá um para emprestar apoio ou apanhar no seu lugar, Lule partiu para bazófia antiamericana e deixou de lado a parceria histórica do Brasil-EUA. Como não foi contido, Lule não se conteve e no encontro dos Brics foi com tudo sobre a necessidade de trocar o dólar por uma moeda canhoteira. Silêncio que ninguém é doido. O Laranjão já havia deixado recado sobre o tema e ninguém tocou na ferida. Aí Lule que já chamou Trump de nazista, recebeu 50% da bomba em seu colo e reagiu da pior forma, falou bravo, ameaçou mas só há um caminho: negocia ou negocia.

1.4- Fatos e versões


Segue em ritmo de bolero, dor de cotovelo e potes "até aqui de mágoas" o rififi de Rochas e Gonçalves. O rolo já envolveu TCE, Casa Civil, pessoas físicas, familiares, servidores e parte da imprensa. Defenestrado de forma humilhante, o secretário que é também vice-governador, adotou um tom choroso numa live com direito ao desagravo paterno, abriu espaço para um ajoujo, mas disse que vai se lançar candidato ao governo do estado. Essa briga guarda além de dor, choro, verdades, inverdades, boataria e segredos que um dia serão revelados eu espero. Zé de Nana diz que "passarinho que come pedra sabe o risco que corre" e haja pedra no bafão. Do alto do mastro no cesto da casa do ca(*)alho eu afirmo: "passarinho que voa com morcego dorme de bunda pra cima".

1.5- O que ainda não se sabe sobre o roubo do INSS?


"O Estado brasileiro falhou porque nunca se fez o batimento daquelas listas de aposentados que autorizavam ser descontados em folha. O INSS nunca, na história, nessas décadas, conferia isso. Tomava como verdade os dados das associações". Quem falo isso foi Wolney Queiroz, ministro da Previdência Social no 20º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo da Abraji em São Paulo. Sem tocar em nomes de ladrões, falsários, corruptos, bandidos e etc, ele foi além e disse: "Por trás disso, tem uma disputa ideológica. Existe um desejo claro da centro-direita de matar os sindicatos. Eles tentaram com a reforma sindical e os sindicatos encontraram a maneira de sobreviver através dos descontos associativos em folha. Se esses descontos acabam, atinge-se diretamente os sindicatos de centro-esquerda". Bando de celerados. É a treva.

1.6- Fim de papo


Que coisa... "Cadê meus vira-latas"? Lady Ponta Grossa correndo esvoaçante atrás de virtuais pets bolsonaristas. A que ponto o Brasil chegou... Que coisa...

Léo Ladeia

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