Abelhas gigantes
Na Amazônia há muita grandeza, desde a vasta extensão da floresta até suas gigantescas árvores e robustos animais. Mas é preciso também pensar nos pequenos seres que participam de forma destacada do conjunto - as abelhas, por exemplo.
Há pouco, na 6ª edição dos Seminários da Amazônia, promovido pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), a pesquisadora Gislene Zilse fez uma palestra intitulada "Abelhas e Amazônia: informações e implicações", com observações e avisos que merecem a atenção de quem se preocupa com o cinismo daqueles que minimizam os estragos causados pelo desmatamento sob o torto argumento de que as derrubadas aqui não causam o aquecimento global.
Antes de tudo é preciso dizer que o aquecimento não provém de uma causa única, mas da combinação de vários fatores que precisam ser minimizados com políticas globais resolutivas. No caso das abelhas, acusá-las de produzir o aquecimento global seria tão irresponsável quanto supor que em sua pequenez elas não tenham um papel importante no equilíbrio natural.
A surpresa trazida por Gislene é que, por sua importância, as abelhas amazônicas também são gigantescas: "A abelha está no início da cadeia fazendo todo o serviço de polinização que permite a reprodução das plantas das quais dependemos para a nossa alimentação". Uma grandeza indiscutível, portanto.
Caravana esperança
Depois do bem-sucedido encontro da Caravana Esperança em Porto Velho, reunindo oito partidos da esquerda e centro esquerda, o movimento anuncia sua ampliação com as próximas reuniões programadas para acontecer nos polos regionais de Ariquemes, Ji-Paraná, Cacoal, Vilhena e Rolim de Moura. A coalizão conta com oito partidos unidos para as eleições do ano que vem e nos encontros serão garimpados os possíveis candidatos ao governador do estado, vice, as duas cadeiras ao Senado, as 24 vagas a Assembleia Legislativa e as oito para a Câmara dos Deputados. MDB, PT, PDT, PSB, PSOl, Partido Verde, PC do B e Rede estão envolvidos neste projeto.
Ficando claro
Aos poucos o ex-presidente Jair Bolsonaro vai emitindo sinais que não concederá seu apoio ao vice-governador Sergio Gonçalves na peleja pelo governo estadual no ano que vem e tampouco a sua chapa ao Senado, com o governador Marcos Rocha e a deputada federal Silvia Cristina, agora todos no mesmo barco da União Progressista. Seu candidato a governador por aqui será o senador Marcos Rogério (PL), do seu partido e para as duas cadeiras ao Senado ele vai manifestando suas bênçãos ao pecuarista Bruno Scheidt e ao deputado federal Fernando Máximo. Como o mito é muito volúvel e acostumado a aplicar o punhal da traição em aliados, não se pode ter esta situação como definitiva.
Poder feminino
Estou impressionado com a fartura de candidaturas femininas na temporada de 2026 para a Câmara dos Deputados em Rondônia. Poderão sair desta geração campeãs de votos no estado, casos de Ieda Chaves (Porto Velho), Joliane Fúria (Cacoal) e Luana Rocha (Porto Velho), seguindo os caminhos de Marinha Raupp (Rolim de Moura), que teve o maior número de mandatos e foi campensíssima de votos na década passada, antes da grande ruptura que ocorreu no MDB, que redundou no fracasso da reeleição do senador Valdir Raupp, da derrota do candidato ao governo Maurão de Carvalho e na própria derrota de Marinha.
Congestionada
Com um eleitorado de aproximadamente 350 mil eleitores, Porto Velho está congestionado de candidaturas femininas para a eleição do ano que vem. Desde a juíza Euma Tourinho, a própria deputada federal Cristiane Lopes, a ex-deputada federal Mariana Carvalho (está se recuperando bem da derrota de 2024), a também ex-deputada federal Jaqueline Cassol (Rolim de Moura), que teve um grande desempenho nas urnas na capital, as vereadoras Elis Regina e Sofia Andrade (esta era uma grande moralizadora da coisa pública como oposicionista, mas acabou virando ovelha do prédio do relógio quando se elegeu).
Via Direta
*** Presente na Rondônia Rural Show, ao lado do presidenciável Ronaldo Caiado, o prefeito de Rio Branco (Acre) Tião Bocalon deixou boa impressão aos visitantes e a colônia acreana fixada em Rondônia *** Ele veio conhecer as experiências bem-sucedidas do agronegócio em nosso estado ***Já faltam pintores, pedreiros, padeiros em Porto Velho já que muitos profisisonais migraram para trabalhar em Santa Catarina e Paraná. Agora começam a faltar diaristas que estão desembarcando em massa no litoral catarinense. Lá elas ganham o dobro do que se paga em Porto Velho nas diárias *** O ex-presidente Bolsonaro está escolhendo a dedo seus candidatos ao Senado nos principais redutos conservadores como Santa Catarina, Mato Grosso, Rondônia e Acre.
Carlos Sperança