Se estivesse vivo, o poeta, escritor e compositor Vinicius de Moraes estaria completando, neste 19 de outubro de 2023, 110 anos. Ele faleceu em 1980 e sua partida deixou a vida mais triste e vazia e a música brasileira, mais pobre, apesar dos inúmeros talentos surgidos depois dele e do quais chegou a ser parceiro.
A lista é interminável. Toquinho, cuja parceria durou uma década. Edu Lobo, Francis Hime, Chico Buarque, Fagner, isso sem mencionar Tom Jobim, Baden Powell, Ary Barroso, Pixinguinha, Antônio Maria, Adoniran Barbosa e até Bach.
Vinicius deixou um legado artístico não apenas na música e poesia, mas na crônica musical, crítica de cinema, teatro com seu Orfeu da Conceição, Pobre Menina Rica e por aí vai. Até hoje, tanto depois de sua morte, sua obra literária continua sendo reeditada, lida, louvada e estudada. Livros biográficos sobre Vinicius de Moraes existem pelo menos três ou quatro dignos de nota, um deles, talvez a sua biografia definitiva, "O Poeta da Paixão", de José Castello, lançado pela Companhia das Letras.
Disse dele, o não menos poeta Carlos Drummond de Andrade, que "O Vinicius foi o único dentre todos nós, que realmente viveu como poeta". Até hoje, que eu saiba, ninguém ousou contestar as palavras deste mineiro chamado Drummond.
Viva Vinicius de Moraes.
Humberto Oliveira