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Uma cobra peçonhenta invadiu um ônibus escolar na tarde dessa segunda-feira (1°/4) em Chapecó, no Oeste catarinense. No momento que a serpente de cor verde entrou, apenas o motorista estava no veículo. O réptil foi resgatado pelos bombeiros.
Os socorristas foram acionados por volta das 17h para atender a ocorrência. O condutor do transporte informou que estava parado na rua, esperando estudantes saírem da escola, e, quando viu, a cobra já havia entrado, mas não soube dizer como.
Um vídeo gravado no momento da captura mostram que o animal estava escondido no painel do ônibus, atrás do volante. Para fazer o resgate, a equipe precisou utilizar luvas e um pedaço de madeira.
Depois de ser capturado, o réptil foi solto em uma área de mata, distante de casas.
Veja o vídeo;
Cobra-verde é peçonhenta
Ao g1, o biólogo Alex Bergmann explicou que a cobra-verde é peçonhenta e que uma característica importante da serpente é que ela é do tipo opistóglifa, ou seja, possui veneno, só que o dente que ela usa para injetar o veneno nas presas fica no fundo da boca.
Por isso, picadas em humanos com agravamento são raras, segundo ele.
— Então não é tão fácil para ela injetar o veneno, seja numa presa ou seja numa pessoa, caso ocorra um acidente — destaca.
O biólogo ainda acrescentou que o veneno deste tipo de serpente não é de reação forte ao organismo, mas, mesmo assim, causa dor, inchaço, necrose e até hemorragia.
A espécie tem nome científico Philodryas olfersii. Geralmente, a cobra-verde se alimenta de roedores, anfíbios e pequenos lagartos, conforme Bergmann.
O que fazer ao encontrar uma cobra?
Entre em contato com os Bombeiros (193) ou com a Polícia Ambiental da sua cidade (190);
Em caso de acidente com serpente, entre em contato com o Samu (192), os Bombeiros (193) ou se dirija ao hospital público mais próximo;
Em caso de dúvidas ou orientações sobre procedimentos de primeiros socorros, ligue para o Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina (CIATox/SC), pelo telefone: 0800 643 5252.
Caso alguém seja picado por uma cobra, a orientação é de não amarrar o local. O biólogo Christian Rabock explica que o torniquete pode aumentar o risco de necrose e resultar até em uma amputação. Os cuidados são:
não se deve cortar o local, fazer perfurações ou sucção;
o local da picada deve ser lavado com água e sabão;
a vítima deve ser levada o mais rápido possível ao hospital;
é importante tentar identificar a serpente (pode ser por foto, se possível) pois isso facilitará para escolha do soro antiofídico a ser aplicado.
NSC Total