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Greve geral na Argentina causa cancelamentos de voos no Brasil

Paralisação de 36 horas afeta operações de LATAM, GOL e Aerolíneas


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Greve geral na Argentina causa cancelamentos de voos no Brasil

John McArthur

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Passageiros com voos programados para a Argentina nesta quinta-feira (10) enfrentam transtornos devido à greve geral de 36 horas que paralisa o país. Companhias aéreas como LATAM, GOL e Aerolíneas Argentinas anunciaram cancelamentos e alterações em suas operações, impactando milhares de viajantes.

A paralisação, convocada pela Confederação Geral do Trabalho (CGT) da Argentina em protesto contra a política econômica do governo de Javier Milei teve início na última quarta-feira (9) e se estende até a meia-noite desta quinta-feira.

A adesão de sindicatos de diversos setores, incluindo os ligados à aviação e à empresa de serviços aeroportuários Intercargo, inviabilizou grande parte das operações nos aeroportos argentinos.

Em nota, a LATAM Airlines Group comunicou que foi "forçada a cancelar e/ou reprogramar seus voos de e para a Argentina" devido à adesão dos sindicatos da Intercargo. A empresa oferece aos passageiros afetados opções de alteração de data/voo sem custos ou reembolso integral, através da seção "Minhas Viagens" em seu site.

A LATAM também alertou que alguns voos podem operar com alterações de horário ou data, recomendando aos passageiros que verifiquem o status de seus voos online. A CNN questionou sobre o total de voos cancelados, porém a companhia se recusou a fornecer essa informação.

A GOL Linhas Aéreas cancelou 28 voos com destino ou origem nas cidades de Buenos Aires, Córdoba, Mendoza e Rosário previstos para esta quinta-feira. A companhia está comunicando os clientes por e-mail e SMS, oferecendo a possibilidade de remarcação sem custo para outras datas (com 10 voos extras programados para os dias 11 e 12 de abril) ou reembolso integral. Mais informações podem ser obtidas através da Central de Relacionamento da GOL.

A Aerolíneas Argentinas informou o cancelamento de 258 voos no total, no Brasil e outros países, afetando aproximadamente 20 mil passageiros e gerando um custo estimado de 3 milhões de dólares para a empresa. Deste total, 216 voos eram domésticos, 25 regionais e 17 de longo alcance internacional.

A companhia aérea conseguiu reprogramar 14 voos internacionais fora do período da greve, realocando todos os passageiros afetados. Além disso, está oferecendo assistência aos passageiros em trânsito e implementou uma política comercial especial para remarcação de voos sem custos dentro dos 15 dias posteriores à greve.

Sobre a Greve

A Confederação Geral do Trabalho (CGT) da Argentina, convocou uma greve geral de 36 horas no país, a partir do meio-dia da quarta-feira (9), até a meia-noite desta quinta-feira (10), segundo a TN, afiliada da CNN.

Esta é a terceira greve nacional contra o governo de Javier Milei, em rejeição à "política econômica" e ao "piso salarial" implementados pela administração, e em defesa dos "salários e direitos dos aposentados", explicou a Confederação.

A mobilização é liderada pelas maiores centrais sindicais do país, e começou com manifestações em frente ao Congresso Nacional argentino já na quarta-feira.

Segundo a TN, os serviços de trem, metrô e táxis estão paralisados. O transporte aéreo teve uma interrupção parcial, com menos da metade da capacidade operacional funcionando, enquanto as demais operações foram suspensas devido ao apoio dos sindicatos da aviação à greve.

Segundo a emissora, funcionários da educação em todo o país aderiram à Greve Nacional dos Professores. Os serviços de correio e coleta de lixo também estão pausados.

A paralisação reivindica respeito aos salários e aos direitos dos aposentados, pede a defesa da indústria nacional, retorno de obras públicas, implementação de um plano nacional de emprego e o fim da repressão das manifestações.

Além da CGT, a Central de Trabalhadores da Argentina Autônoma (CTA-A) e Central de Trabalhadores e Trabalhadoras da Argentina (CTA-T) fazem parte da organização da greve.

É a terceira paralisação convocada em conjunto pelas três centrais sindicais.

No ano passado, as greves ocorreram em 24 de janeiro e 9 de maio.

cnn brasil

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