Guia espiritual réu por estupro de fiéis adolescentes e adultas no Paraná engravidou duas vítimas menores
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O suposto guia espiritual Roderley Amorim Ramos, de 54 anos, réu por estuprar fiéis adolescentes e adultas em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, engravidou duas vítimas que eram menores de idade na época dos abusos.
Segundo ela, 11 vítimas formalizaram denúncias contra o homem. Destas, seis relataram que sofreram os abusos quando eram adolescentes e, entre elas, duas afirmaram que engravidaram na época, quando tinham 13 e 16 anos de idade.
"Elas relataram terem engravidado em razão dos abusos. Diante disso, exames periciais genéticos foram providenciados, sendo que os resultados foram concluídos, vindo a confirmar a relação genética, ou seja, o investigado é pai das crianças", explica a delegada.
Para ela, o homem se aproveitava da vulnerabilidade emocional e das crenças das vítimas para cometer os crimes.
Foram depoimentos bastante emocionados, pois algumas vítimas teriam sido, na época, ameaçadas por este homem, e também porque a história ficou guardada por muitos anos", afirma a delegada.
Roderley Amorim Ramos está preso preventivamente desde o dia 10 de outubro.
À Justiça, o Ministério Público (MP) denunciou o homem por estupro, estupro de vulnerável e violação sexual mediante fraude. Juntos, os crimes têm pena prevista de até 31 anos de prisão no Código Penal - e o tempo pode ser aumentado de metade a dois terços, considerando que resultaram em gravidez.
Em depoimento à polícia, Roderley negou as acusações. A defesa dele disse que vai se manifestar apenas no processo.
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Ao longo das investigações, as vítimas deram diversas atribuições ao papel do suspeito. Entre eles, curandeiro e pai de santo.
Por meio de nota, a Federação de Umbanda do Estado do Paraná afirmou que ele não é associado à federação e não tem terreiro formalizado.
"A Umbanda é uma religião genuinamente brasileira, que se fundamenta no respeito à dignidade humana, à diversidade e ao sagrado. Os rituais de Umbanda são pautados pela ética, pelo respeito e pelo compromisso com o bem-estar físico, emocional e espiritual dos participantes. A Federação ainda ressalta que em nenhum momento, seja em atendimentos, giras ou demais práticas, há qualquer espaço ou tolerância para condutas que desrespeitem a integridade física ou moral de qualquer indivíduo", reforçou a instituição.
G1