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Espera-se que a sala de situação consiga superar a irracionalidade das bolhas ideológicas

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As bolhas ideológicas

"A maior dor é aquela que se está sentindo", diz um antigo provérbio. Depois que alivia, a memória trata de colocá-la em uma caixa de coisas indesejáveis, que é melhor lembrar como superada. Com as tragédias humanitárias, porém, tais como as recentes desgraças causadas pelos fenômenos climáticos extremos, não há como jogá-la em baú de inservíveis.

Elas vêm ocorrendo em assustadora repetição, não mais décadas adiante, como as velhas enchentes e secas episódicas, mas até anualmente. No Sul, houve novas enchentes logo depois das piores cheias em décadas e a possível futura seca dificilmente será menor que a anterior. A nova situação, obrigada pelo aquecimento global, já sem tantos negacionistas a contrariá-la, é que a pior dor talvez seja aquela que ainda virá se não houver ações preventivas adequadas. O Apocalipse deixou de ser uma ameaça distante.

Há pouco, o governo federal criou uma "Sala de Situação" com o propósito de coordenar ações de controle e prevenção do desmatamento e enfrentamento de incêndios e queimadas no Pantanal e na Amazônia. A lógica da prevenção precede à da reparação: seu custo é só uma pequena parte do prejuízo material e humano que as perdas trariam por descuido. Espera-se que a Sala de Situação consiga superar a irracionalidade das bolhas ideológicas e seus ódios para evitar "salas de oposição" sabotando as ações necessárias. É preciso unir em torno do essencial.

Centros antigos

Bisbilhotando pelo centro histórico de Porto Velho, na Av. Sete de Setembro, no final de semana, ouvi queixas de lojistas responsabilizando a atual administração municipal pela triste situação instalada por lá, um região sabidamente já dominada por viciados e mendigos. Entendo que muitos esforços foram desenvolvidos pelo prefeito Hildon Chaves (PSDB) no centro antigo e aquela condição poderia estar bem pior se não tivesse instalado a sede da prefeitura no Prédio do Relógio. Ele também manteve a secretaria da Fazenda naquela avenida, bem como outros órgãos públicos.

A revitalização

O que tem ocorrido no centro histórico de Porto Velho também aconteceu em outras capitais brasileiras. Algumas conseguiram revitalizar, outras com menos recursos ainda estão tentando reverter uma situação que vem a alguns anos. A Sete de Setembro está definhando ano a ano e até agora as associações comerciais, de diretores lojistas em conjunto com a esfera de planejamento do Prédio do Relógio não encontrou solução para mudar. Como temos vereadores fracos, deputados estaduais eleitos pela capital omissos, o poder de pressão dos lojistas sobre as esferas governamentais para resolver esta dramática situação não existe. Um desafio para a próxima gestão.

É coisa de louco!

Como faziam antigamente aloprados petistas, pedindo impeachment do então presidente Jair Bolsonaro toda a semana, mesmo se sabendo que nenhum deles seria aprovado, já que nunca tiveram maioria para tanto no Congresso, aloprados bolsonaristas praticam a mesma estratégia contra o atual presidente Lula, que também não resultará em nada, já que o Planalto tem maioria no Congresso Nacional, para se safar de qualquer tentativa. E cada vez que a coisa fica feia, os presidentes de plantão vão as compras. O Pix está para os políticos no parlamento, como queijo para os ratos, mel para os ursos, etc.

Medida acertada

Mais do que acertada a decisão do Dnitt em antecipar em 2024 a dragagem do Rio Madeira. A estiagem está se agravando e a redução das águas do Madeirão é uma dolorosa realidade e a cada dia o espelho de água recuando mais já prejudicando a navegação com o surgimento de pedrais e bancos de areia na hidrovia que vai até Itacoatiara, no Amazonas. Não bastassem as dificuldades para navegação, as embarcações de passageiros e as barcaças que transportam soja para exportação e trazem combustíveis, padecem com os chamados piratas da madeira, atormentando a região.

Código de obras

O novo código de obras de Porto Velho tem sido discutido em audiências públicas e se trata de um quesito importantíssimo para a próxima gestão que com as novas medidas tomadas poderá finamente desentravar e acelerar os processos de construção civil na capital rondoniense. No entanto, na primeira audiência, entre os prefeituraveis do ano, só a emedebista Euma Tourinho compareceu ao evento. Importante que os demais candidatos ao Prédio do Relógio também se interessem por esta situação, principalmente os nomes de ponteira, Mariana Carvalho (União Brasil) e Leo Moraes (Podemos)

Via Direta

**Não foi necessário chegar ao auge do verão amazônico ( que ocorre em agosto) para Porto Velho padecer com a falta de água nas torneiras ** Nos bairros mais altos da cidade a falta do precioso liquido já é uma realidade e o sofrimento maior, com o rebaixamento do lençol freático, ocorre nas regiões das Zona Leste e Sul da capital. Faltou água no centro e até no Olaria. * Em Ji-Paraná a deputada federal Silvia Cristina assumiu o movimento das mulheres progressistas em Rondônia com o apoio do presidente nacional Ciro Nogueira * Ela está se armando para ser candidata ao Senado em dobradinha com o ex-governador Ivo Cassol, que pretende voltar ao CPA em 2026.

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