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LIRAa positivo: oportunidade para a saúde municipal

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O recente Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) em Porto Velho traz um alento à população da capital rondoniense. Com um Índice de Infestação Predial (IIP) de 0,4, a cidade respira aliviada diante do baixo risco de surtos de dengue, zika e chikungunya. Este resultado é fruto de um trabalho conjunto entre poder público e cidadãos, demonstrando que a união de esforços pode, de fato, trazer resultados positivos na luta contra doenças transmitidas por vetores. A Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) merece reconhecimento por sua atuação proativa. As atividades educativas realizadas em bairros endêmicos e escolas têm se mostrado eficazes, contribuindo para a redução do índice de infestação. Este trabalho de base é fundamental para criar uma cultura de prevenção e conscientização na população.

Entretanto, manter a guarda alta, ainda é necessária. A proximidade do Inverno exige atenção redobrada. Como alerta o Departamento de Vigilância em Saúde (DVS) do município, até mesmo uma simples tampinha pode se tornar um criadouro para o aedes aegypti. Esta realidade nos lembra que a batalha contra o mosquito é contínua e requer vigilância constante. O impacto deste resultado positivo no setor de saúde de Porto Velho pode ser significativo. Com um menor risco de surtos, espera-se uma redução na demanda por atendimentos relacionados à dengue, zika e chikungunya nos hospitais e unidades básicas de saúde. Isso pode resultar em uma melhor distribuição de recursos e pessoal para outras áreas da saúde que necessitam de atenção.

Além disso, a diminuição dos casos dessas doenças pode levar a uma economia considerável para o sistema de saúde municipal. Recursos que seriam destinados ao tratamento e combate dessas enfermidades podem ser redirecionados para investimentos em infraestrutura, equipamentos e capacitação de profissionais, fortalecendo o sistema de saúde como um todo. No entanto, é importante ressaltar que este cenário positivo não deve levar a um relaxamento nas políticas de prevenção e combate ao Aedes aegypti. Pelo contrário, deve servir de estímulo para intensificar as ações, visando manter e até mesmo melhorar os índices alcançados.

O setor tem agora a oportunidade de se tornar um modelo na prevenção e controle de arboviroses (doenças causadas por vírus transmitidos principalmente por insetos). Isso pode atrair investimentos e parcerias, além de posicionar a capital rondoniense como referência em saúde pública na Região Norte. Mas é fundamental que a população continue fazendo sua parte. A participação comunitária é o pilar central desta conquista e será essencial para manter os bons resultados. Cada cidadão deve se ver como um agente de saúde, responsável por manter seu ambiente livre de possíveis criadouros do mosquito.

O LIRAa de Porto Velho nos mostra que é possível vencer a luta contra o aedes aegypti. Mas esta vitória só será duradoura se mantivermos o compromisso com a prevenção e a vigilância constante. O futuro da saúde pública na cidade está em nossas mãos. Vamos continuar trabalhando juntos por uma Porto Velho mais saudável e protegida.

Diário da Amazônia

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