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A Páscoa, para muitos, é tempo de ovos de chocolate, coelhinhos e promoções irresistíveis. Para outros, representa a essência da fé cristã: a ressurreição de Jesus Cristo. Ambas as visões coexistem em uma sociedade plural, mas é preciso distinguir seus significados para compreender a real profundidade dessa celebração.
No viés comercial, a Páscoa se tornou uma das datas mais lucrativas do ano. Indústrias investem pesado em publicidade, embalagens atrativas e produtos temáticos. Esse aspecto, embora distante da origem da celebração, não é desprezível. Ele movimenta a economia, gera empregos e promove encontros familiares em torno da partilha — ainda que simbolizada por chocolate.
Já do ponto de vista teológico, a Páscoa é o ápice da fé cristã. Mais do que lembrar um fato histórico, é renovar a esperança. A cruz e o túmulo vazio simbolizam a vitória da vida sobre a morte, do amor sobre o ódio, da graça sobre o pecado. É um convite à reflexão, à renovação espiritual e à transformação pessoal.
Ambos os aspectos têm sua importância. O comércio celebra a união e o afeto em linguagem acessível; a fé convida à transcendência e ao propósito eterno. Porém, é inexorável reconhecer que sem o significado teológico, a Páscoa perde sua alma. O chocolate pode adoçar o dia, mas é a mensagem da ressurreição que tem o poder de adoçar a vida.
A maior lição da Páscoa talvez seja que "a renovação é possível". Mesmo quando tudo parece perdido, há sempre uma manhã de ressurreição à espera. Que possamos, entre ovos e orações, encontrar sentido, fé e humanidade.
Pensando os fatos